07 jun Não escorregue no óleo do seu compressor portátil!

A função do óleo é reduzir o atrito entre as superfícies metálicas e também refrigerar, vedar e limpar o motor. Sem óleo, nenhuma máquina com peças móveis funciona.

O motor de seu compressor portátil pode usar três tipos de óleo: mineral, semissintético ou sintético. O sintético é melhor que o mineral em vários aspectos. No entanto, se um litro de óleo mineral custa a partir de 6 reais, a mesma quantidade de um sintético pode chegar a mais de 60 reais. Já o semissintético une as melhores propriedades dos dois e por isso tem sido recomendado para a maioria dos compressores portáteis. Seja qual for o óleo escolhido, ele é um componente de baixo custo do equipamento e não vale a pena adiar as trocas ou usar um lubrificante de baixa qualidade.

Alguns fabricantes consideram normal o consumo de até 1 litro a cada 50 horas de trabalho. Então é preciso verificar o nível diariamente. Para isso, o compressor deve estar em local plano e com o motor totalmente frio ou desligado há pelo menos quinze minutos, para evitar leituras incorretas. Estará tudo certo se o nível estiver entre as marcas “mínimo” e “máximo”.

É importante usar a quantidade correta de óleo porque com pouco lubrificante, o motor pode fundir ou superaquecer. Já o excesso causa pressões indesejáveis no cárter, fazendo o óleo ser queimado pelo motor.

O prazo para a troca do óleo é determinado pelo fabricante do motor. Quem usa o compressor portátil em condições severas como área com excesso de poeira, operações em alta rotação em período longo ou com carga total, deve reduzir o período pela metade. Se a máquina trabalha pouco, a troca deve ser feita por tempo, em geral a cada seis meses.

Outro fator a ser respeitado é a viscosidade. Com um óleo menos viscoso (mais fino) do que o indicado a pressão do óleo será insuficiente e a lubrificação pode falhar. Se o óleo for mais viscoso (mais grosso) haverá dificuldade na partida porque as partes altas do motor vão demorar mais para receber o lubrificante. Nos dois casos o motor se desgasta mais rapidamente. É recomendado o uso de óleos mais finos a frio, desde que a viscosidade a quente seja respeitada.

E o filtro? Antigamente, as fábricas recomendavam a substituição do filtro de óleo a cada duas trocas do lubrificante. Hoje se recomenda que a substituição seja feita sempre em conjunto, para evitar que impurezas antigas contaminem o óleo novo. É essencial que se use peças originais

Uma dúvida comum é sobre a borra. Trata-se de um processo de solidificação do óleo causado por contaminação. É um fenômeno inevitável, mas pode ser controlado com a troca do lubrificante, o uso de combustível de boa qualidade e com a manutenção do motor nos prazos corretos.

Para retirar o óleo velho existem dois métodos: o veloz processo de sucção e o vagaroso procedimento que usa a boa e velha gravidade. São 5 minutos contra 20. No entanto, o processo de sucção não retira os resíduos de metal do fundo do cárter, pode deixar vestígios do óleo velho e a sonda usada no trabalho pode contaminar o motor.

Aditivos não são necessários porque os lubrificantes já possuem todos os aditivos necessários para atender perfeitamente ao nível de qualidade exigido. Além disso, eles podem gerar borra caso haja incompatibilidade entre o óleo lubrificante e a aditivação.

Atualmente, compressores de ar portátil de última geração possuem tecnologias de gerenciamento inteligente de óleo, que aumentam significativamente a vida útil do óleo, dos filtros e do equipamento em geral.